Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é lembrado neste sábado

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta que, entre 2023 e 2025, o Brasil registre cerca de 7.930 casos anuais de câncer em crianças e adolescentes de até 19 anos, o que equivale a 134,81 casos por milhão nessa faixa etária. O câncer infantojuvenil corresponde a cerca de 3% dos diagnósticos oncológicos do país e atinge mais meninos (4.230 casos estimados) do que meninas (3.700). Tumores como leucemias, linfomas e neoplasias do sistema nervoso central estão entre os mais frequentes.

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado neste sábado (23), reforça a importância de ações educativas e do fortalecimento de políticas públicas para apoiar pacientes e familiares. Apesar do aumento no número de diagnósticos, a taxa de cura está em torno de 80% no Brasil, refletindo avanços em tratamentos como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e tecnologias moleculares. Entre 2021 e 2023, os procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram gradualmente, com destaque para as cirurgias e tratamentos quimioterápicos.

Especialistas apontam que o diagnóstico precoce e o suporte tecnológico têm melhorado a sobrevida dos pacientes. Entretanto, os sintomas iniciais, como anemia, nódulos ou dores de cabeça persistentes, são muitas vezes inespecíficos, dificultando a detecção. Nos casos mais graves, crianças e adolescentes recebem internação hospitalar, mas a maior parte dos tratamentos ocorre de forma ambulatorial, com apoio de redes familiares organizadas por assistentes sociais.

Embora o câncer infantojuvenil seja a principal causa de morte por doenças na faixa etária de 1 a 19 anos, avanços significativos no treinamento de profissionais e na conscientização nas redes de saúde têm favorecido o encaminhamento para centros especializados. A expectativa é que essas iniciativas contribuam para ampliar ainda mais as chances de cura e a qualidade de vida dos pacientes em tratamento.