2 semanas atrás
Alergia grave: pesquisadores criam 1ª caneta de adrenalina brasileira
Pesquisadores brasileiros desenvolveram a primeira caneta autoinjetável de adrenalina do país, destinada ao tratamento emergencial de anafilaxia — uma ocorrência alérgica grave e potencialmente fatal. Até então, a única opção para os brasileiros era importar esse tipo de dispositivo, ou que elevasse o custo a valores entre R$ 3.000 e R$ 4.000. Agora, o novo protótipo nacional coordenado pelo médico Renato Rozental visa oferecer uma alternativa acessível, com previsão de preço em torno de R$ 400.
A anafilaxia é uma condição que exige resposta imediata, e a adrenalina é o único medicamento capaz de reverter seus sintomas com eficácia. O dispositivo foi projetado para ser utilizado pelo próprio paciente ou por pessoas próximas sem necessidade de treinamento médico. Aplicado na lateral da coxa, ele pode salvar vidas ao reverter os sintomas críticos, como queda de pressão, edema e obstrução das vias aéreas.
O presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Fábio Chigres, ressalta que os casos de alergias graves, especialmente em crianças, têm aumentado no Brasil. Entre os principais gatilhos estão alimentos como leite e ovo, além de medicamentos em adultos. Segundo ele, a chegada da caneta autoinjetável ao mercado nacional poderia aliviar o medo constante de famílias que convivem com o risco de reações alérgicas graves.
Para acelerar a aprovação do dispositivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) firmou um acordo com a FDA americana, que permite um intercâmbio de informações e agiliza processos de liberação. Se aprovado, a caneta autoinjetável de adrenalina poderá ser disponibilizada no Brasil em até 11 meses, garantindo acesso mais amplo a uma ferramenta essencial para o tratamento de emergências alérgicas.
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