8 meses atrás
Alimentos ultraprocessados causam impactos ao meio ambiente, revela estudo
Um estudo conjunto entre a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade de São Paulo (USP) revelou dados alarmantes sobre os alimentos ultraprocessados disponíveis nos comércios brasileiros. Segundo a pesquisa, impressionantes 98,8% desses alimentos apresentam níveis excessivos de sódio, gorduras e açúcares livres, constituindo uma ameaça não apenas à saúde humana, mas também ao meio ambiente.
Uma das conexões preocupantes identificadas pelos pesquisadores é entre a produção desses alimentos e a perda de biodiversidade. Ingredientes comuns nos alimentos ultraprocessados, como produtos de origem animal e óleo de palma, estão intimamente associados a mudanças no uso da terra, emissões de gases de efeito estufa e degradação do solo. Além disso, esses ingredientes contribuem para a escassez e a poluição da água, intensificando os impactos ambientais negativos.
A questão vai além dos ingredientes propriamente ditos. O plástico, onipresente nas embalagens desses produtos, também é motivo de preocupação. O Brasil gerou cerca de 13,7 milhões de toneladas de plástico em 2022, e muitos desses resíduos estão diretamente ligados aos alimentos ultraprocessados. Esses produtos frequentemente dependem de embalagens de plástico devido à sua longa vida útil, o que agrava ainda mais o problema da poluição por plásticos.
A indústria de bebidas açucaradas, incluindo os líderes de venda de refrigerantes, é apontada como uma das maiores poluidoras, devido ao consumo excessivo desses produtos e à quantidade massiva de resíduos de embalagens gerados. Além disso, o transporte desses alimentos também contribui significativamente para sua pegada ambiental. Desde a produção até a distribuição e o consumo, os alimentos ultraprocessados consomem grandes quantidades de energia e percorrem longas distâncias, gerando emissões adicionais de gases de efeito estufa.
Diante desses dados preocupantes, torna-se evidente a necessidade urgente de repensar nossos padrões de consumo e produção de alimentos. A promoção de uma alimentação mais saudável e sustentável não apenas beneficia a saúde das pessoas, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas.
As informações são do Jornal da USP•
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