11 meses atrás
Bombeiros de MS combatem novo incêndio no Pantanal
A atuação coordenada por terra e ar, além do apoio com uso de tecnologias, contribuem para o trabalho do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios florestais no Pantanal.
Na Serra do Amolar, com operação para controle e extinção das chamas iniciada pelos bombeiros no dia 29 de janeiro – porém com atuação de brigadistas dois dias antes, quando o fogo foi identificado –, o trabalho no local do foco ganha auxílio com o lançamento de água feito pela aeronave “air tractor”. Na área do incêndio, a equipe de comunicação do Governo do Estado, acompanhou a operação no fim de semana.
Em diferentes frentes, a execução da tarefa envolve preparação minuciosa, desde a logística para abastecimento de combustível e água – que é lançada nas chamas –, até cálculos que garantem a segurança dos voos e das equipes em solo.
“A dificuldade maior, além de acesso e áreas mais restritas e de proximidade de pistas que as aeronaves necessitam, são os pássaros. Como é uma aeronave que voa baixo para fazer o lançamento (de água), temos que ficar em constante atenção para não colidir com os pássaros grandes que tem no pantanal, como tuiuiú e garça. Dependendo da região que pega pode acabar até derrubando a aeronave. Então é uma atenção constante que a gente tem que ter durante os voos”, explicou o tenente Jonatas Lucena, do GOA (Grupamento de Operações Aéreas).
Para garantir eficiência no lançamento de água, o processo para abastecimento dos mais de 3 mil litros dura apenas entre 3 e 5 minutos. O trabalho das aeronaves na região do incêndio teve início na quinta-feira ( 1 ), com vários lançamentos diários - partindo da fazenda Santa Tereza que serve de base e apoio aos trabalhos -, já somaram aproximadamente cinco horas de voos.
“Temos um sistema de engate certo para conectar na aeronave. A gente faz uma ponte com uma motobomba no açude, com mangueira de 100 metros, que puxa a água para a piscina portátil que a gente movimenta em qualquer terreno nivelado. Precisamos trazer tudo isso de barco para a base, pois a área não tem acesso por terra. Tudo para dar suporte aos aviões”, explicou o cabo J. Gomes, que atua como tripulante e apoio das aeronaves.
A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal em Corumbá (MS), é um território de grande biodiversidade e área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. A área fica a aproximadamente 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial, pois só é possível chegar nesse local por ar ou pelo Rio Paraguai.
O sistema de monitoramento dos ‘Focos Ativos por Bioma’, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra que no mês de janeiro deste ano foram registrados 369 focos detectados por satélite no bioma Pantanal – em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso –, enquanto no mesmo período de 2023 foram 103. Em comparação – com o mês de janeiro – nos últimos seis anos, a quantidade de focos em 2024 supera a registrada em 2020, com 226 e fica atrás apenas de 2019, com 542.
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