Brasil entra no nível “perigoso” de poluição com aumento de incêndios

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O aumento constante de focos de incêndio no Brasil tem impactado diretamente a qualidade do ar nas áreas mais afetadas. Nos últimos dias, algumas cidades do país atingiram o nível mais elevado de poluição, classificado como “perigoso” para a saúde humana.

De acordo com a classificação internacional, também adotada pela plataforma suíça IQAir, que monitora em tempo real a concentração de poluentes ao redor do mundo, quando os níveis ultrapassam 300 µg/m³ (microgramas por metro cúbico), considera-se que o risco para a saúde atinge seu patamar mais alto. 

Na manhã desta segunda-feira (9/9), entre 7h e 8h, o índice de poluição em Porto Velho (RO) chegou a 341 µg/m³. Segundo os parâmetros da plataforma, um nível de poluição seguro para a saúde deve ser de, no máximo, 50 µg/m³.  

A capital de Rondônia, assim como outras cidades do estado, enfrenta uma situação crítica com alta concentração de fumaça, resultante das queimadas. Na Avenida Calama, uma das principais vias de Porto Velho, o nível de poluição atingiu 523 µg/m³ entre 4h e 5h da madrugada de domingo (8/9). 

A IQAir classifica a qualidade do ar em diferentes níveis: “Bom”, “Moderado”, “Insalubre para grupos sensíveis”, “Insalubre”, “Muito Insalubre” e “Perigoso”. O nível “Perigoso” costuma ser registrado apenas nas regiões mais poluídas do mundo, como China, Paquistão e Índia, onde toda a população fica vulnerável a problemas de saúde.

Com o cenário atual, o Brasil agora se encontra entre essas áreas de risco elevado, o que demanda maior atenção das autoridades e da população. A recomendação, nesse caso, é evitar atividades ao ar livre para reduzir a exposição à poluição.