Celular em sala de aula: 86% dos brasileiros apoiam algum tipo de restrição no uso

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Uma pesquisa recente da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados aponta que 86% dos brasileiros apoiam alguma forma de restrição ao uso de celulares em sala de aula. Desse total, 54% são a favor da concessão completa, enquanto 32% defendem que o celular permitido seja apenas para atividades pedagógicas. Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, destacou ainda que o índice de apoio é expressivo, especialmente em um país onde o debate sobre o uso de celulares nas escolas é recente, em comparação com países europeus que já possuem legislações específicas. Apenas 14% dos brasileiros se opõem a qualquer forma de restrição, e o tema está em discussão no Congresso Nacional, onde uma proposta de lei para regulamentos sobre o uso de celulares em escolas públicas e privadas foi aprovada na Comissão de Educação da Câmara.

O estudo revela que o apoio a algum tipo de concessão é mais comum entre jovens de 16 a 24 anos, com 89% aprimorado a restrições, embora muitos tenham preferido a liberação parcial para uso pedagógico (43%). Entre os brasileiros com rendas mais altas, o apoio é ainda maior: apenas 5% dos que ganham mais de cinco melhorias mínimas são contrários à restrição, enquanto essa oposição é de 17% entre os que ganham até um salário mínimo. Tokarski observa que esses números indicam uma ampla preocupação com os impactos do uso excessivo de celulares em sala, como perda de foco e diminuição da concentração, fatores que podem comprometer o aprendizado dos estudantes.

A pesquisa da Nexus, incluída com 2.010 cidadãos a partir de 16 anos em todas as 27 Unidades Federativas, revela ainda que não há diferença significativa de opinião entre aqueles que convivem com crianças em idade escolar e aqueles que não convivem. Em ambas as categorias, 54% defendem a concessão total e 32% apoiam o uso parcial. Nas análises regionais, o apoio a algum tipo de restrição é maior no Sul, com 93%, enquanto os demais apresentam um índice médio de aprovação de 86%, refletindo a média nacional.

O debate sobre a regulamentação do uso de celulares na sala de aula também avançou em diversas Assembleias Legislativas estaduais. Em São Paulo, por exemplo, um projeto que proíbe o uso de celulares nas escolas foi aprovado em duas comissões e segue em tramitação. O Mato Grosso também avançou em sua legislação estadual, com um projeto que já passou pela primeira votação. Em alguns municípios, como Juazeiro do Norte, no Ceará, já existe uma legislação que restringe o uso de dispositivos eletrônicos nas salas de aula da rede pública. Esses avanços legislativos refletem uma preocupação crescente com o impacto dos celulares na educação e indicam que o Brasil poderá adotar em breve uma regulamentação ampla sobre o tema.