Defesa do meio ambiente e dos povos indígenas marca Parintins

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O Festival de Parintins deste domingo (30) destacou a sustentabilidade e os direitos dos povos indígenas. O Boi Garantido, inspirado na obra de Ailton Krenak, apresentou uma mensagem de esperança e resistência com o ritual Jeroki Kaiowá. Eles usaram materiais sustentáveis, como palha e folhas secas, para criar seus figurinos.

O Boi Caprichoso apresentou o subtema "Saberes: o reflorestar das consciências", enfatizando os conhecimentos dos povos originários e a proteção do planeta. A letra da toada "Terra: Nosso Corpo, Nosso Espírito" destacou a necessidade de resistência contra a destruição ambiental.

O Festival, em sua 57ª edição, atrai mais de 100 mil visitantes e é considerado patrimônio cultural pelo Iphan. Ele evoluiu de uma brincadeira de rua para um evento de grande escala, celebrando a lenda do Boi-Bumbá. A defesa do meio ambiente e dos povos indígenas é uma marca consolidada do festival.

O campeão será anunciado nesta segunda-feira (1°), com base em 21 quesitos avaliados por 10 jurados, incluindo a representação da cultura indígena. Desde a década de 1990, o festival tem valorizado os adereços e componentes indígenas, ganhando mais espaço na mídia.

Durante o festival, a conexão dos indígenas com a natureza é exaltada através de representações de animais selvagens e dançarinos com adereços inspirados na cultura indígena. O líder Yanomami Davi Kopenawa e Angela Mendes, filha de Chico Mendes, participaram do evento, reforçando a mensagem de proteção ambiental e dos direitos indígenas.