Descarte consciente de medicamentos

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O descarte inadequado de medicamentos pode levar à poluição ambiental e representa riscos para os coletores de materiais recicláveis, que podem ter contato acidental com os fármacos. Medicamentos fora de validade também podem gerar crescimento bacteriano, levando a doenças graves e resistência a antibióticos. Portanto, é crucial evitar o uso de medicamentos vencidos.

A contaminação do solo e dos recursos hídricos por medicamentos pode causar alterações endócrinas e fisiológicas em espécies, como a feminização de peixes devido à exposição a hormônios de anticoncepcionais. O descarte incorreto de antibióticos também contribui para o desenvolvimento de superbactérias, enquanto agentes mutagênicos presentes em medicamentos quimioterápicos podem afetar diversos organismos no meio ambiente.

A legislação brasileira, regulada pela Anvisa e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), exige a responsabilidade compartilhada entre consumidores e fabricantes no descarte de medicamentos vencidos. Os fabricantes são responsáveis pela coleta, enquanto os consumidores devem encaminhar os produtos para pontos de descarte adequados.

Os pontos de descarte de medicamentos, que podem ser encontrados em farmácias, drogarias, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e alguns hospitais, garantem a separação correta das embalagens primárias e secundárias dos medicamentos vencidos. As embalagens primárias, em contato direto com os remédios, devem ser levadas aos pontos de descarte, enquanto as secundárias e bulas podem ser recicladas.

Para descartar medicamentos líquidos, deve-se seguir o mesmo procedimento dos sólidos, separando as embalagens quando vencidos ou mantendo-os na embalagem original se estiverem dentro do prazo. Remédios em bom estado de conservação podem ser doados a farmácias solidárias.

A conscientização sobre o descarte correto de medicamentos é fundamental para proteger o meio ambiente e a saúde pública. 

O site eCycle pode ser usado para localizar pontos de coleta de medicamentos.

Seguindo essas orientações, podemos contribuir para um ambiente mais seguro e saudável.

*Fonte: eCycle