Disco de vinil na era do Streaming

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Relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação revelou que, somente no ano passado, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de R$ 6 milhões. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD.

Para os fãs, o aumento na comercialização reflete a experiência sonora e estética do produto.

De acordo com dados da Pro-Musica Brasil, as vendas de vinil no país cresceram cerca de 30% em 2023 em relação ao ano anterior. Esse aumento pode ser atribuído, em parte, ao crescente interesse dos consumidores pelo formato analógico e pela qualidade sonora superior oferecida pelos discos de vinil.

Taylor Swift lançou duas edições de vinil colecionáveis como parte da divulgação de seu álbum "The Tortured Poets Department", lançado em 19 de abril. Essas edições, uma em branco e outra em preto, cada uma contendo uma música inédita, seguem a estratégia recorrente da cantora de oferecer LPs exclusivos para seus fãs. Esta não é a primeira vez que Swift adota essa abordagem; álbuns como "Folklore" (2020), "Evermore" (2020), "Midnights" (2022) e "1988 (Taylor's Version)" (2023) também contaram com edições especiais em vinil.

O sucesso dessas iniciativas é notável, especialmente considerando a tendência de declínio na venda de vinis desde os anos 1990, quando os CDs e o streaming de música começaram a dominar o mercado. No entanto, o comércio de vinis viu um ressurgimento significativo a partir da década de 2010, impulsionado ainda mais durante e após a pandemia de covid-19.

Um exemplo marcante desse renascimento é o álbum "1988 (Taylor's Version)", que vendeu impressionantes 3,5 milhões de LPs nos EUA somente em 2023. Este ressurgimento do vinil como uma escolha popular entre os consumidores demonstra não apenas um interesse contínuo na mídia física, mas também o apelo duradouro da experiência de audição analógica e tangível oferecida pelos discos de vinil.