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05/11/2024 13h00min - Ciência e Espaço
2 meses atrás

Estudo investiga razões de crescimento alarmante das emissões de metano


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Nos últimos 15 anos, os níveis de metano na atmosfera, um potente gás de efeito estufa, têm aumentado de forma alarmante, como aponta o The Washinton Post.

O metano é mais de 80 vezes mais potente que o dióxido de carbono  no curto prazo e seu crescimento acelerado, desde 2007, deixou os cientistas preocupados, pois níveis inesperados desse gás podem acelerar o aquecimento global.

Por muito tempo, acreditava-se que esse aumento fosse causado principalmente por vazamentos de gás natural e outras atividades humanas.

No entanto, um novo estudo da Universidade de San Diego (EUA) aponta os micróbios como a principal fonte do pico de metano. Micróbios minúsculos, como as arqueas, que habitam os estômagos das vacas, pântanos e campos agrícolas, são os grandes responsáveis.

“As mudanças que vimos nos últimos dois anos — e mesmo desde 2007 — são microbianas”, disse Sylvia Michel, autora principal do artigo publicado no mês passado no Proceedings of National Academy of Science, ao jornal.

Mais descobertas do estudo sobre metano

- A pesquisa revelou que o metano emitido por esses organismos tem composição química diferente, mais “leve”, do que o metano proveniente de combustíveis fósseis, que é mais “pesado”;- Isso sugere que a crescente presença de metano na atmosfera está sendo causada principalmente por fontes biológicas, não geológicas;- Além disso, os cientistas estão vendo sinais de possível ciclo de feedback, onde o aquecimento global acelera a emissão de metano dos pântanos, um dos principais reservatórios naturais de gás;- Dados recentes de satélites mostram pontos críticos de emissão em pântanos tropicais, como na Amazônia e no Congo.

Apesar de os pântanos poderem estar liberando mais metano devido ao aquecimento global, pesquisadores alertam que a maioria das emissões ainda vem de atividades humanas, como a agricultura e os combustíveis fósseis.

Isso reforça a necessidade urgente de reduzir as emissões controláveis de metano, com 100 países comprometidos a reduzir 30% das suas emissões até 2030, embora, até agora, os resultados sejam limitados.

*Fonte: Olhar Digital



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Grande FM
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