FGTS vai distribuir R$ 15,1 bilhões do lucro de 2023 aos trabalhadores

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O governo vai distribuir R$ 15,2 bilhões entre os trabalhadores, resultado positivo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2023. Esse montante representa 65% do lucro recorde de R$ 23,4 bilhões alcançado pelo Fundo. Assim, os cotistas receberão um rendimento de três pontos percentuais acima da inflação (medida pelo IPCA), próximo ao rendimento da poupança.

No ano passado, a inflação medida pelo IPCA foi de 4,62% e a remuneração da poupança, de 8,03%.

Ainda este mês, a Caixa Econômica Federal, gestora do FGTS, creditará os valores nas contas dos trabalhadores, proporcionalmente ao saldo existente em 31 de dezembro de 2023. Esse valor será somado ao saldo atual e só poderá ser retirado em casos específicos, como demissão sem justa causa, compra de casa própria e aposentadoria.

A distribuição dos R$ 15,2 bilhões pelo saldo total das contas vinculadas em 31 de dezembro de 2023, que somam R$ 575,1 bilhões, resultará, por exemplo, em um crédito de R$ 264,00 para um trabalhador com saldo de R$ 10 mil naquela data.

O Ministério do Trabalho propôs destinar os R$ 8,2 bilhões restantes do lucro para formar uma reserva, garantindo que a remuneração futura dos cotistas seja, no mínimo, igual à inflação, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A divisão do lucro do FGTS entre os cotistas deve ser aprovada pelo Conselho Curador do Fundo na quinta-feira. No ano passado, ao avaliar as contas de 2022, o conselho distribuiu 99% dos rendimentos, totalizando R$ 12,7 bilhões.

Conforme a legislação, as contas do FGTS são corrigidas por 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Nos últimos sete anos, o governo vem distribuindo aos cotistas parte do lucro anual do Fundo como uma forma de melhorar a remuneração dos trabalhadores.