2 meses atrás
Físico Brasileiro Desenvolve Foguete Artesanal para Recuperar Vegetação da Caatinga
O físico Renan Aversari criou um foguete artesanal com o objetivo de ajudar na recuperação da vegetação nativa da Caatinga, bioma que hoje contém apenas 11% de sua cobertura original. O dispositivo, desenvolvido a partir de materiais como garrafas PET, fibra de vidro e peças impressas em 3D, permite lançar sementes de plantas nativas em um raio de 20 a 50 metros, alcançando áreas de difícil acesso e reduzindo significativamente os custos de reflorestamento.
Com altitudes máximas de 120 metros, o foguete não interfere no tráfego aéreo e oferece uma alternativa econômica aos métodos tradicionais, que utilizam aeronaves para dispersar sementes. Segundo Aversari, o custo do projeto é cinco vezes menor: enquanto uma operação convencional custa cerca de R$ 2.500 por área, o foguete permite que o valor caia para R$ 500. Ele está sendo testado no município de Cabaceiras, na Paraíba, onde utiliza espécies nativas como o pinhão-bravo, a catingueira e o mororó.
Aversari desenvolveu a ideia durante aulas de ciências em um projeto escolar chamado Ateliê de Invenções e aprimorou durante o doutorado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O físico explica que o objetivo não é substituir completamente os métodos tradicionais, mas tornar o reflorestamento viável em locais remotos e contribuir para a preservação do ecossistema da Caatinga.
Além da Caatinga, Aversari planeja expandir o uso do foguete para outros biomas brasileiros que enfrentam desafios semelhantes, como o Pantanal e a Amazônia, ambos ameaçados pelo desmatamento e pelas queimadas. O projeto representa uma nova possibilidade para a recuperação ambiental em biomas única e essencial para o equilíbrio ecológico do Brasil.
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