2 semanas atrás
Mais de 41% dos resíduos urbanos tiveram destinação inadequada em 2023
Apenas 58,5% dos resíduos sólidos urbanos gerados em 2023 no Brasil foram destinados de forma ambientalmente adequada, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, divulgado pela Abrema. O estudo aponta que 41,5% dos resíduos ainda têm destinação inadequada, com 35,5% indo para lixões, apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2018, que estabelecia 2024 como o prazo final para o fechamento definitivo dos lixões.
O relatório destaca a necessidade de melhorias no gerenciamento de resíduos no Brasil, que ainda está longe de atender as diretrizes da PNRS. Apesar de um pequeno avanço em relação a 2022, quando a destinação adequada foi de 57%, o aumento para 58,5% é visto como um progresso positivo, mas insuficiente para resolver os problemas de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos (RSU).
Em 2023, cada brasileiro gerou, em média, 1,047 quilos de resíduos sólidos urbanos por dia, totalizando mais de 81 milhões de toneladas ao longo do ano. A região Sudeste foi responsável por 49,3% do total de resíduos gerados, enquanto a Região Norte gerou a menor quantidade, com 7,5% do total. Ao todo, 93,4% dos resíduos gerados foram coletados, sendo que 87,8% foram recolhidos por serviços públicos e 5,6% pela atividade informal de catadores.
Do total de resíduos descartados de forma adequada, 8% foram encaminhados para reciclagem, com a maior parte desse processamento realizada por coletores informais. Além disso, pequenas quantidades foram enviadas para usinas de compostagem e unidades de preparo de combustível derivado de resíduos urbanos. Em 2023, os municípios brasileiros gastaram R$ 34,7 bilhões com a gestão de resíduos sólidos urbanos, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior, empregando 386 mil pessoas no setor.
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