MPF quer identificar e responsabilizar causadores dos incêndios no Pantanal

Siga-nos no

O Ministério Público Federal está monitorando e implementando medidas de prevenção aos incêndios que afetam Corumbá e Ladário, no Pantanal sul-mato-grossense. Já foram identificados mais de 3 mil focos, resultando em uma área devastada superior a 600 mil hectares, o que levou o governo estadual a decretar emergência ambiental. O MPF solicitou a criação de uma brigada permanente do Prevfogo no Pantanal para fortalecer ações de combate sustentáveis.

Na última quarta-feira (26), a procuradora da República, Aline Morais, discutiu a situação atual dos incêndios com o comandante dos bombeiros, destacando a predominância de focos em propriedades privadas e sua dispersão, não originando de um único ponto de ignição. Ela também participou de uma reunião com ministras do Meio Ambiente e Planejamento para tratar da crise no Pantanal.

A procuradora Aline Morais coordenou reuniões em Corumbá para alinhar estratégias com órgãos fiscalizadores e priorizar a proteção das áreas ocupadas por comunidades tradicionais. O MPF recebe relatórios periódicos do Ibama e dos bombeiros, essenciais para embasar investigações rápidas e eficazes.

O foco principal do trabalho do MPF é responsabilizar os causadores dos incêndios, especialmente em áreas de interesse da União, como territórios indígenas, ribeirinhos, quilombolas, APPs e locais com espécies ameaçadas. A instituição colabora estreitamente com a Polícia Federal, Prevfogo (vinculado ao Ibama) e Corpo de Bombeiros Militar para investigar e identificar os responsáveis pelos focos de ignição.

A Polícia Federal estabeleceu um gabinete de crise em Ladário para investigar os incêndios, com peritos e policiais especializados deslocados para o Pantanal. Além disso, os órgãos estão repassando informações sobre os impactos nas comunidades indígenas, como o aumento de doenças respiratórias, para ações preventivas.