um ano atrás
Na abertura do 16º Festival do Sobá, governador de MS e vice de Okinawa reforçam aproximação cultural e comercial
Além das relações comerciais, a Rota Bioceânica vai também aproximar ainda mais os laços culturais entre sul-mato-grossenses e japoneses de Okinawa. É o que o governador Eduardo Riedel e o vice-governador da província japonesa, Yoshimi Teruya, destacaram na noite de quarta-feira ( 9 ), durante a abertura do 16º Festival do Sobá, na Feira Central, em Campo Grande.
Na terça-feira ( 8 ), Eduardo Riedel já havia recebido a comitiva de Okinawa, liderada por Teruya. “Eles apresentaram o porto de Naha, em Okinawa, estão duplicando o aeroporto lá, é o 3º maior aeroporto do Japão. Tem um porto especializado em container e a nossa relação com a Rota Bioceânica começa a tomar forma em oportunidades de negócios. Então, a gente vai enviar carnes, processados para Okinawa, e importar eletrônicos e automóveis, até. E é essa relação que a gente vai começar a construir”, afirmou o governador de MS.
Ele contou ainda que irá visitar Okinawa no próximo ano. “O governo é sempre parceiro do Festival de Sobá, entendendo que é uma manifestação cultural das mais legítimas, não só de Campo Grande, mas de todo Estado de Mato Grosso do Sul. Em especial, esse ano a gente recebe a visita do vice-governador de Okinawa, que é a origem de tudo, o sr. Teruya. Estive com ele fazendo uma série de agendas. Fiz o compromisso com ele de visitar Okinawa no ano que vem, muito na tratativa da Rota Bioceânica. Então, é muito importante esse entrelace cultural, essa ligação que nós temos, a comunidade nipo aqui de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, presente, e o mais importante é que isso pode resultar em frutos efetivos na relação comercial Mato Grosso do Sul-Okinawa”.
A presença de Teruya e da comitiva se deve ao grande número de descendentes e da forte ligação cultural com o Estado e a Capital. A cidade tem a 3ª maior colônia japonesa e a 2ª maior de imigrantes de Okinawa no Brasil, com 11 mil descendentes. Aproximadamente 70% da colônia japonesa de Campo Grande são de okinawanos.
Yoshimi Teruya ficou surpreso com a quantidade de pessoas prestigiando o Festival do Sobá e afirmou que a relação entre a província japonesa e o Estado vão ser ampliadas, impulsionadas pela Rota Bioceânica, em construção. “Ontem ( 8 ), conversei por uma hora com o governador. Em 1986 realizamos um contrato entre duas cidades: Campo Grande e Okinawa. Durante longo tempo esse contrato ficou parado, ninguém ficou usando ele. Eu ouvi do governador (Eduardo Riedel) que vamos, mais uma vez, reativar esse contrato e continuar o intercâmbio das duas cidades”, declarou.
“A gente quer responder esse pedido do governador de manter esses laços fortes com muitos intercâmbios também para deixar os nossos laços mais fortes ainda. Além desse intercâmbio da alimentação, haverá intercâmbio também de estudantes e de cultura. Brasil, Paraguai, Chile e Argentina, unindo esses quatro países e abrindo essa nova estrada, essa nova via para continuidade à Asia, vai levar além do oceano os nossos laços. O ano que vem, eu ouvi falar que o governador (Eduardo Riedel) vai a Okinawa. Estou esperando muito dessa ida dele”, prosseguiu o vice-governador da província.
O Festival
Prato de origem japonesa, o sobá é feito com macarrão, omelete, carne, cebolinha e um caldo com temperos típicos. Ele virou patrimônio histórico e cultural de Campo Grande em 2006 e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Sob o tema ‘Mais que um patrimônio, a cultura do MS’, o Festival seguirá até domingo (13) com diversas atrações inéditas. Dentre elas, apresentações artísticas não apenas de origem japonesa, mas também de cidades do interior do Estado e de povos que exercem forte influência em nossa região, como os paraguaios, indígenas e gaúchos. O objetivo é enaltecer o povo pantaneiro, agregar cada vez mais a cultura de MS nas festividades da capital e fomentar o turismo interno.
Neste ano, o evento é realizado com contrapartida do Governo do Estado. A organização estima que aproximadamente 100 mil pessoas prestigiem o espaço nos cinco dias de festa. Com mais de 100 anos de história e 98 de registro, a Feira Central possui cerca de 300 negócios nas suas dependências entre hortifrútis, artesanato local, presentes, vestuário, cosméticos e perfumaria, acessórios e bijuterias, além, é claro, de restaurantes diversos e bancas do setor alimentício que comercializam doces, salgados, sucos, sorvetes, castanhas, ervas e raízes, pimentas e condimentos, entre outros.
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