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11/07/2024 10h30min - Geral
6 meses atrás

Nascido há 100 anos, César Lattes fez descoberta que marcou a física

Estudo de brasileiro sobre partículas levou inglês ao Nobel

Foto: Centro Brasileiro de Pesquisas F. ► 
Fonte: Fonte Grande FM



César Lattes foi um cientista brasileiro pioneiro na física de partículas. Em busca de novas descobertas, ele realizou experimentos com emulsões tratadas com Boro no Pic du Midi, na França, e depois nas montanhas da Bolívia, a uma altitude ainda maior. A determinação de Lattes em encontrar evidências do méson, uma partícula intermediária entre o próton e o nêutron, levou-o a deixar chapas fotográficas expostas na Bolívia por um mês. Ao retornar, ele encontrou os registros esperados.

A região onde Lattes conduziu seus experimentos era acessível devido à presença de um clube de esqui e uma estação meteorológica boliviana, além de abrigar refugiados da Segunda Guerra Mundial. Sua primeira revelação dos resultados ocorreu na antiga Faculdade Nacional de Filosofia, ligada ao Museu do Brasil. Lattes ficou entusiasmado com as descobertas, apresentando um seminário que destacou os resultados positivos das chapas expostas na Bolívia. Essa pesquisa foi fundamental para a confirmação da existência do méson, contribuindo para os trabalhos do cientista inglês Cecil Powell, que mais tarde ganhou o Prêmio Nobel em 1949.

Apesar de ser indicado sete vezes, Lattes nunca recebeu o Prêmio Nobel. No entanto, sua popularidade cresceu, impulsionando a física e a ciência no Brasil. Segundo o professor da Uerj, Antonio Augusto Videira, Lattes foi fundamental para a transformação da física brasileira. Ivã Gurgel, professor da USP, destacou que Lattes recusou ofertas internacionais para retornar ao Brasil, onde trabalhou na USP e na Unicamp, defendendo investimentos na ciência e a dedicação exclusiva dos professores. O contexto pós-Segunda Guerra Mundial, que valorizava os avanços científicos para o desenvolvimento nacional, foi crucial para a criação do CNPq e outras instituições de pesquisa.

A trajetória de Lattes, que promovia a ciência com fervor nacionalista, é um exemplo inspirador. Segundo os professores, é essencial preservar a memória de Lattes e divulgar sua história para as novas gerações, promovendo textos e vídeos sobre ele nas redes sociais e nas escolas.



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Grande FM
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