6 meses atrás
Pesquisadores identificam fungo capaz de degradar plástico nos oceanos
Pesquisadores do Royal Netherlands Institute for Sea Research (NIOZ) descobriram um fungo marinho que pode ajudar a combater a poluição plástica nos oceanos. O fungo, chamado Parengyodontium album, consegue degradar polietileno, o plástico mais comum encontrado nas águas.
Segundo o estudo que foi publicado na revista Science of the Total Environment, o Parengyodontium album pode decompor o polietileno a uma taxa média de 0,05% por dia. A degradação do plástico pelo fungo depende da exposição à luz UV, o que o torna eficaz principalmente para plásticos que flutuam perto da superfície do oceano. Essa descoberta representa um potencial avanço na luta contra a poluição plástica que atinge os oceanos.
Annika Vaksmaa, autora principal do estudo e pesquisadora do NIOZ, destaca a importância dessa descoberta. "Nossas medições mostraram que o fungo converte a maior parte do polietileno em dióxido de carbono, excretando-o novamente. Embora o CO2 seja um gás de efeito estufa, a quantidade liberada pelos fungos não é suficiente para causar preocupação."
A pesquisa contou com a colaboração de diversas instituições renomadas, incluindo a Universidade de Utrecht, a Ocean Cleanup Foundation, e institutos de pesquisa em Paris, Copenhague e St. Gallen, na Suíça. Juntos, os cientistas isolaram o fungo marinho a partir de amostras do Oceano Pacífico Norte e o cultivaram em laboratório usando polietileno marcado com carbono 13 (C¹³) como única fonte de carbono.
Embora o Parengyodontium album mostre eficácia na degradação de plásticos expostos à luz UV, ainda há desafios a serem superados. "No laboratório, o fungo só decompõe o polietileno que foi exposto à luz UV por pelo menos um curto período de tempo",
No entanto, a pesquisa abre portas para a descoberta de outros fungos que possam degradar plásticos em profundidades maiores. "Fungos marinhos podem quebrar materiais complexos feitos de carbono. Há inúmeras quantidades de fungos marinhos, então é provável que, além das quatro espécies identificadas até agora, outras espécies também contribuam para a degradação do plástico", afirma Vaksmaa.
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