Pesquisadores transformam cascas de banana em filmes bioplásticos por meio de método simples

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Pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão inovando ao utilizar cascas de banana como matéria-prima na criação de filmes bioplásticos destinados a embalagens ativas de alimentos. Por meio de um processo simples e sustentável, esses especialistas conseguiram converter integralmente as cascas de banana em filmes com excelentes propriedades antioxidantes e de proteção contra a radiação ultravioleta (UV), sem gerar resíduos prejudiciais ao meio ambiente.

Esses filmes demonstraram desempenho igual ou superior a muitos bioplásticos convencionais, mesmo sendo produzidos de forma mais eficiente e econômica. A cadeia de valor da banana gera uma quantidade considerável de subprodutos atualmente subutilizados, como as cascas, que representam uma oportunidade para reduzir o desperdício e os impactos ambientais associados ao descarte inadequado.

A motivação por trás dessa pesquisa foi a necessidade de valorizar os subprodutos da cadeia de produção da banana, especialmente suas cascas, que são ricas em compostos bioativos como fenólicos e pectina. Ao transformar esses resíduos em filmes bioplásticos, os pesquisadores não apenas reduzem o desperdício, mas também exploram novas aplicações para esses materiais.

O filme bioplástico desenvolvido possui potencial para ser usado como embalagem primária de alimentos sujeitos à oxidação, contribuindo para prolongar sua vida útil. Além disso, os pesquisadores estão trabalhando para aprimorar ainda mais as propriedades desses filmes, visando sua futura produção em escala piloto para aplicações industriais.

Com o apoio de instituições de pesquisa e financiamento, como a Fapesp e o CNPq, esse estudo demonstra o potencial da biomassa de cascas de banana na produção de bioplásticos funcionais e sustentáveis, abrindo caminho para uma bioeconomia circular e contribuindo para a redução do desperdício de alimentos e o impacto ambiental.