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08/11/2024 10h20min - Saúde
2 semanas atrás

Risco da próxima pandemia pode estar onde menos esperamos, alertam cientistas


Imagem: Roman Mikhailiuk/Shutterstock ► 
Fonte: Fonte Grande FM



A expansão de lixões em países de baixa renda está criando áreas propícias à propagação de doenças com potencial para desencadear uma nova pandemia, alertam cientistas. Um estudo liderado pelo professor Bruce Gummow, da James Cook University, aponta que esses locais, onde humanos, animais e resíduos coexistem de forma precária, favorecem a disseminação de doenças zoonóticas — aquelas que podem ser transmitidas de animais para pessoas.

Publicado na revista científica One Health , o estudo foi realizado em colaboração com a Mahidol University e destaca as condições de insalubridade enfrentadas pelos catadores de lixo. Esses trabalhadores, frequentemente expostos a materiais contaminados, correm riscos elevados de contrair e propagam doenças infecciosas. Gummow explica que os lixões atraem diversos animais na busca de alimentos facilmente, promovendo um contato direto com humanos e, assim, facilitando a troca de patógenos. Esse ciclo de interação aumenta a probabilidade do surgimento de novas cepas de doenças.

“Os lixões oferecem comida em abundância para animais ou ano todo, o que eleva a densidade de espécies e amplia o risco de transmissão de doenças infecciosas”, afirma o professor. Outro ponto alarmante é que muitos catadores, sem acesso a serviços médicos adequados, podem propagar essas doenças sem saber. Além disso, o estudo sugere que as lixões são um terreno fértil para o desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos, devido à troca constante de material genético entre diferentes espécies bacterianas.

Com a previsão de que, até 2050, as áreas urbanas gerarão mais de seis milhões de toneladas de resíduos por dia, Gummow reforça a necessidade urgente de aprimorar a gestão de resíduos e reduzir a interação entre humanos, animais e patógenos nesses locais. "Precisamos reduzir essa interação de forma urgente para evitar o surgimento de novas doenças que possam se transformar em pandemias globais", conclui o pesquisador.

Esse alerta surge como um chamado para que governos e organizações invistam em políticas de saneamento e controle de resíduos, especialmente em comunidades mais vulneráveis, na tentativa de frear o avanço de doenças e prevenir futuras crises sanitárias em escala global.



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Grande FM
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