Atração no ARS
NO AR
Tocando agora
VOCÊ CURTE
EM DOURADOS
28/11/2024 10h00min - Meio Ambiente
4 semanas atrás

Saneamento básico: estudo aponta estados com maior risco no abastecimento de água


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte Grande FM



As mudanças climáticas estão agravando os desafios no saneamento básico no Brasil, conforme aponta um estudo inédito realizado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a WayCarbon. O estudo analisou os impactos de fenômenos como tempestades, secas e ondas de calor no consumo de água e no saneamento básico até 2050, identificando os estados mais vulneráveis e propondo ações para mitigar os efeitos.

Os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro são apontados como os mais vulneráveis a tempestades intensas. No Rio Grande do Sul, 92% das cidades apresentam alto risco de falhas no sistema de abastecimento, devido a danos em estruturas como adutoras e bombas, além de dificuldades no tratamento da água, especialmente em regiões onde o abastecimento depende de mananciais superficiais. A alta concentração de sedimentos nos rios após tempestades intensas compromete a qualidade da água e reduz a eficiência no tratamento.

No sistema de esgoto, os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina enfrentam maiores riscos de contaminação de águas superficiais devido a chuvas concentradas. O transbordamento de efluentes brutos em áreas com coleta de esgoto insuficiente aumenta a contaminação, expondo a população a doenças como leptospirose e diarreia. Entre as capitais mais vulneráveis estão Florianópolis, Belém e Vitória. Já as menos afetadas incluem Salvador, Rio Branco e Recife.

Além dos impactos no abastecimento e no sistema de esgoto, as tempestades e secas podem danificar infraestruturas essenciais, como Estações de Tratamento de Água, afetando diretamente o fornecimento de água. Um exemplo ocorreu no Rio Grande do Sul em 2024, quando chuvas intensas paralisaram duas das seis estações de Porto Alegre.

O estudo destaca a importância de governos e concessionárias integrarem os riscos climáticos no planejamento de políticas públicas. Ações preventivas incluem reforço das infraestruturas de saneamento, aumento da eficiência no tratamento de água e o desenvolvimento de sistemas alternativos para períodos de seca, com o objetivo de reduzir os impactos na saúde e na qualidade de vida da população.

Para sua elaboração, o estudo utilizou modelos climáticos do IPCC e dados oficiais sobre saneamento no Brasil, destacando a urgência de respostas estruturantes frente às mudanças climáticas.

*Fonte: Brasil 61



•  

Grande FM
Publicada em:

Usamos os cookies e dados de navegação visando proporcionar uma melhor experiência durante o uso do site. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.