5 meses atrás
Tecnologias para mapear florestas tropicais favorecem transição verde
Cientistas de todo o mundo estão desenvolvendo tecnologias inovadoras para criar um inventário de biodiversidade durante a participação no concurso global XPrize Florestas Tropicais. As equipes finalistas apresentaram soluções inéditas que incluem equipamentos capazes de monitorar, identificar e classificar árvores, além de atrair e capturar insetos, tudo de forma autônoma. A competição oferece um prêmio de US$5 milhões ao vencedor, e as últimas inovações foram testadas em julho na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, próxima a Manaus, no estado do Amazonas.
A equipe norte-americana Welcome to the Jungle destacou-se com suas plataformas feitas de material biodegradável. Utilizando drones, essas plataformas coletam dados ambientais e identificam espécies com alta precisão. Equipadas com sensores remotos Lidar, câmeras multiespectrais e de imagens térmicas, as soluções são capazes de classificar espécies de árvores pela morfologia e padrões de manchas. A equipe também desenvolveu um aplicativo que processa e reporta os dados coletados de forma automática e sequencial.
O grupo hispano-brasileiro Providence+ apresentou a tecnologia Drop, uma plataforma operacional capaz de coletar dados tanto na água quanto nas copas das árvores. Equipado com sensores de movimento, câmeras, microfones e compartimentos para amostras de DNA ambiental, o dispositivo utiliza inteligência artificial para identificar espécies. Os dados acústicos, coletados desde 2017, permitem a identificação de 160 espécies por sons. A tecnologia está sendo implementada em várias unidades de conservação no Brasil e no exterior.
Focando na biodiversidade de insetos, a equipe Limelight Rainforest desenvolveu armadilhas acopladas a drones que capturam e analisam espécies. Utilizando luzes noturnas, os dispositivos atraem insetos para captura, cujas imagens são analisadas por inteligência artificial. A plataforma coleta dados acústicos, eDNA de água, ar e superfícies, além de amostras físicas de insetos para sequenciamento de DNA. O objetivo é construir bancos de dados para compreender melhor a biodiversidade dos insetos, essenciais para o ecossistema.
O governo brasileiro, através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apoia essas inovações, visando fortalecer a liderança do país na transição para uma economia verde. Tecnologias como essas podem beneficiar cadeias produtivas da biodiversidade amazônica e solucionar problemas enfrentados pelas comunidades tradicionais. O MDIC pretende aproximar as pesquisas do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) às soluções tecnológicas do concurso, criando uma parceria para potencializar e disponibilizar essas inovações.
*informações : Agência Brasil
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