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06/08/2024 09h40min - Ciência
6 meses atrás

Transição para energia limpa: Tijolos especiais podem revolucionar a indústria


Canva/Grande FM ► 
Fonte: Fonte Grande FM



A transição para energia limpa enfrenta desafios específicos em cada setor. A indústria, por exemplo, necessita de uma geração de energia constante e nem sempre pode contar com fontes eólicas ou solares. A Universidade de Stanford, na Inglaterra, desenvolveu uma solução sustentável e viável: tijolos especiais que armazenam calor e energia.

A proposta faz parte de um novo estudo de Stanford e é bastante simples: utilizar tijolos refratários. Embora esse material seja usado há séculos em construções, a novidade está em sua aplicação na indústria. Como explicado pelo New Atlas, os processos industriais exigem temperaturas muito altas, geralmente obtidas por meio de carvão, óleo e gás fóssil – fontes altamente poluentes.

Com a pressão pela transição energética, a indústria precisa encontrar maneiras de gerar energia sustentável. O estudo da universidade propõe o uso de tijolos refratários que armazenam energia e reduzem perdas durante a conversão para uso industrial. Esses tijolos possuem diversas vantagens: suportam e armazenam calor em temperaturas altíssimas, têm baixa condutividade térmica, permitindo a liberação gradual do calor e minimizando perdas. Na construção, são cercados por outro tipo de tijolo refratário mais isolante e, em seguida, por aço, o que ajuda a reduzir a perda de calor. O calor armazenado pode ser extraído sob demanda, eliminando a necessidade de baterias ou dispositivos extras de armazenamento.

O estudo da Universidade de Stanford analisou o impacto do uso de tijolos refratários para armazenar calor em processos industriais em 149 países. Essas nações pretendem completar a transição para fontes 100% renováveis até 2050, mas atualmente são responsáveis por 99,75% das emissões globais de carbono. Os pesquisadores utilizaram modelos computacionais para avaliar emissões, custos e impactos na saúde em dois cenários: um em que os tijolos fornecem 90% do calor necessário para processos industriais e outro sem o uso dos tijolos refratários. A comparação entre os dois cenários revelou que os tijolos refratários poderiam reduzir os custos em US$ 1,27 trilhão (cerca de R$ 7,2 trilhões). Além disso, diminuiriam a necessidade de baterias em 14,5%, a produção de hidrogênio para geração de energia em 27,3%, a demanda por espaço terrestre em 0,4% e o custo total de energia em cerca de 1,8% ao ano.

Mark Jacobson, principal autor do estudo, destacou as vantagens: "A diferença entre o armazenamento em tijolos refratários e o armazenamento em baterias é que os tijolos armazenam calor em vez de eletricidade e custam um décimo do preço das baterias. Os materiais também são muito mais simples. Eles são basicamente apenas componentes da sujeira."



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Grande FM
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